Oluwatosin Tolulope Ajidahun analisa que a prática regular de atividade física é amplamente reconhecida como benéfica para a saúde geral e também para a fertilidade. No entanto, quando os exercícios são realizados em intensidade excessiva e sem o devido equilíbrio, podem desencadear efeitos negativos sobre o ciclo menstrual, a ovulação e a produção hormonal feminina. Esse desequilíbrio energético, muitas vezes associado ao chamado overtraining, merece atenção especial de mulheres que desejam engravidar, já que pode comprometer suas chances reprodutivas.
Como o excesso de exercícios afeta o ciclo menstrual
A prática intensa de atividades físicas aumenta o gasto energético corporal. Tosyn Lopes explica que quando não há reposição calórica adequada, o organismo tende a priorizar funções vitais em detrimento do sistema reprodutivo, resultando em irregularidades menstruais. Esse quadro é conhecido como amenorreia hipotalâmica, caracterizada pela interrupção da menstruação devido a alterações hormonais no eixo hipotálamo-hipófise-ovário.
Mulheres atletas ou praticantes de treinos extenuantes podem enfrentar ciclos irregulares, anovulação e até infertilidade temporária. Além disso, a queda nos níveis de estrogênio causada pelo déficit energético pode comprometer a qualidade do endométrio, dificultando a implantação embrionária e reduzindo as taxas de sucesso em tentativas de concepção natural ou assistida. Casos prolongados ainda podem resultar em osteopenia e osteoporose, aumentando riscos de saúde a longo prazo.

Consequências do overtraining para a fertilidade
Segundo Oluwatosin Tolulope Ajidahun, os impactos do exercício físico de alta intensidade não se restringem ao ciclo menstrual. O excesso pode levar a desequilíbrios hormonais que afetam a produção de progesterona e estrogênio, hormônios indispensáveis para a ovulação e para a manutenção da gestação.
Nota-se também que a prática exagerada de exercícios pode aumentar os níveis de cortisol, hormônio do estresse, que interfere diretamente na função reprodutiva. Esse cenário provoca desde falhas ovulatórias até maior risco de abortamento precoce. Outro ponto relevante é a redução da densidade mineral óssea decorrente da deficiência estrogênica, o que pode comprometer a saúde geral da mulher e tornar a gestação ainda mais desafiadora.
Também há impacto psicológico: mulheres em rotina de treinos extremos podem apresentar ansiedade, distúrbios alimentares e queda da autoestima, fatores que indiretamente prejudicam a fertilidade. Isso mostra que o equilíbrio entre corpo e mente é essencial na jornada reprodutiva.
Estratégias para equilibrar exercícios e fertilidade
Conforme expõe Tosyn Lopes, manter uma rotina de exercícios físicos é extremamente saudável, mas deve ser feita com equilíbrio. A intensidade dos treinos precisa estar alinhada ao aporte nutricional adequado, garantindo que o corpo tenha energia suficiente para manter todas as suas funções, inclusive a reprodutiva.
A orientação de profissionais de saúde, como médicos, nutricionistas e educadores físicos, é fundamental para ajustar o tipo, a frequência e a intensidade dos treinos. O descanso adequado também é indispensável, já que é durante o sono que o organismo regula hormônios essenciais e promove reparação celular. Mulheres que desejam engravidar devem, portanto, observar sinais como alterações menstruais, fadiga constante ou queda no desempenho físico, pois podem indicar excesso de esforço.
Outro ponto importante é compreender que a fertilidade depende de energia equilibrada. Quando há déficit calórico persistente, o corpo entende que não está em condições ideais para gerar uma nova vida e suspende temporariamente funções reprodutivas. Por isso, a combinação de nutrição adequada, atividade física moderada e descanso é a base para manter a saúde reprodutiva em boas condições.
Exercício equilibrado: um aliado da fertilidade
Oluwatosin Tolulope Ajidahun evidencia que a atividade física, quando praticada com moderação e consciência, atua como uma grande aliada da fertilidade feminina. Ela ajuda no controle do peso corporal, melhora a circulação sanguínea, reduz o estresse e fortalece a saúde metabólica, todos fatores que favorecem a concepção.
Por outro lado, quando ultrapassa os limites fisiológicos, a prática se transforma em obstáculo, comprometendo o delicado equilíbrio hormonal necessário para a ovulação e para a gestação. Encontrar o ponto certo entre movimento e descanso é, portanto, essencial para que a mulher mantenha seu corpo saudável e aumente suas chances de realizar o sonho da maternidade. O segredo não está em abrir mão do exercício, mas em ajustá-lo às necessidades individuais de cada fase da vida.
Autor: Katryna Rexyza
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